quinta-feira, 13 de setembro de 2012

ARENA DO JABOQUE


ARENA DO JABOQUE
 Ou que homens se apoderem da minha força e façam paz comigo; sim, que façam comigo”. Isaias 27:5
  Todo crente em Deus, teve ou irá ter seu jaboque. E o que tem isto a ver com o verso a cima? (Ler Genesis 32:22 a 32).
  Uma escola de capoeiristas fazia exibição na Praça da Liberdade. Um menino de seus 8 anos entrou na roda. Ele era o menor da turma. Esfriei quando vi quem ia jogar capoeira com ele: uma coisa humana de 4 x 2 metros  com nada menos de cento e cinquenta quilos de puro músculo. Ele usou todo aquele preparo para controlar sua própria força. Se, por displicência, um só braço seu, mais grosso que a coxa de muito homem, despencasse em qualquer parte do corpinho da criança, seria fatal. Depois de alguns assaltos não sei que venceu, só sei que o grandão saiu passando a mão pelo corpo, dando a entender que se machucara.
  Para sair da luta como Israel, Jacó enfrentou a luta que todo crente enfrentou ou enfrentará. O dia já estava amanhecendo o juiz não sabia a mão de quem iria levantar para declarar vencedor: um pedia licença para retirar-se, alegando que a manhã já vinha; o outro intransigente se recusou a dispensá-lo, com um decisivo, “não te deixarei ir...”, mas estava aleijado!...
  Quem ganhou a luta? Jacó. Quem perdeu? Jacó. E o Outro? Perdeu? Mas como, se com apenas o toque de um dedo desconjuntou para sempre a coxa do “adversário”?  De onde Jacó tirou força para “nocautear” o lutador? Jacó fez o que está no verso a cima. Deus não pode oferecer resistência à Sua própria força! Jacó aniquilou Jacó com a força disponibilizada por Deus.
  Quando impôs condição para liberar o “HOMEM”, Esse lhe perguntou com se chamava. Imagine o vexame do miserável individuo, ter que admitir que era um suplantador com todas as variantes e sinônimos que este nome comportar. A réplica estava na ponta da língua: “Já não te chamarás Jacó e sim Israel” a justificativa: “lutaste com Deus... e prevaleceste”.
  O iminente confronto com Esaú trazia-lhe à consciência desde a negociata mal explicada com o irmão até as tentativas de ludibriar o inescrupuloso sogro usando a “mesma moeda”.
  A quem recorrer? Não deixaria escapar sua única chance.
Quantos são os 400 guerreiros que nos ameaçam? Não importa quantos. Só nos interessa a vitória. Precisamos de uma única vitoria: A vitória sobre o Jacó que somos.
  É no Jaboque que encontramos Aquele com quem, em ultima análise, temos contas a acertar. Deus chama a cada um de nós para dentro da arena, para acertar as contas. A força? “Apoderem da minha força. Vamos acabar com este litígio. Façam paz comigo ”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário