ARENA DO JABOQUE
“Ou que homens se apoderem da minha
força e façam paz comigo; sim, que façam comigo”. Isaias 27:5
Todo crente em Deus, teve ou irá ter seu jaboque. E o que tem isto a ver
com o verso a cima? (Ler Genesis 32:22 a 32).
Uma escola de capoeiristas fazia exibição na Praça da Liberdade. Um menino
de seus 8 anos entrou na roda. Ele era o menor da turma. Esfriei quando vi quem
ia jogar capoeira com ele: uma coisa humana de 4 x 2 metros com nada menos de cento e cinquenta quilos de
puro músculo. Ele usou todo aquele preparo para controlar sua própria força. Se,
por displicência, um só braço seu, mais grosso que a coxa de muito homem, despencasse
em qualquer parte do corpinho da criança, seria fatal. Depois de alguns
assaltos não sei que venceu, só sei que o grandão saiu passando a mão pelo
corpo, dando a entender que se machucara.
Para sair da luta como Israel, Jacó enfrentou a luta que todo crente
enfrentou ou enfrentará. O dia já estava amanhecendo o juiz não sabia a mão de
quem iria levantar para declarar vencedor: um pedia licença para retirar-se,
alegando que a manhã já vinha; o outro intransigente se recusou a dispensá-lo,
com um decisivo, “não te deixarei ir...”, mas estava aleijado!...
Quem ganhou a luta? Jacó. Quem perdeu? Jacó. E o Outro? Perdeu? Mas como,
se com apenas o toque de um dedo desconjuntou para sempre a coxa do “adversário”?
De onde Jacó tirou força para “nocautear”
o lutador? Jacó fez o que está no verso a cima. Deus não pode oferecer resistência
à Sua própria força! Jacó aniquilou Jacó com a força disponibilizada por Deus.
Quando impôs condição para liberar o “HOMEM”, Esse lhe perguntou com se
chamava. Imagine o vexame do miserável individuo, ter que admitir que era um
suplantador com todas as variantes e sinônimos que este nome comportar. A réplica
estava na ponta da língua: “Já não te chamarás Jacó e sim Israel” a justificativa:
“lutaste com Deus... e prevaleceste”.
O iminente confronto com Esaú trazia-lhe à consciência desde a negociata
mal explicada com o irmão até as tentativas de ludibriar o inescrupuloso sogro
usando a “mesma moeda”.
A quem recorrer? Não deixaria escapar sua única chance.
Quantos são os 400 guerreiros que nos
ameaçam? Não importa quantos. Só nos interessa a vitória. Precisamos de uma única
vitoria: A vitória sobre o Jacó que somos.
É no Jaboque que encontramos Aquele com quem, em ultima análise, temos
contas a acertar. Deus chama a cada um de nós para dentro da arena, para
acertar as contas. A força? “Apoderem da minha força. Vamos acabar com este litígio.
Façam paz comigo ”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário