SANTOS REIS
O sol era excepcionalmente brilhante na manhã
daquela segunda-feira, logo depois do dia de santos reis. Igualmente brilhantes
eram os olhos azuis de Dalton, garoto escocês que viera estudar em Londres.
Eles veiculavam uma mensagem, um convite, e o primeiro que encontrou foi seu
amigo Harold, da mesma sala de aula.
- Você não
gostaria de ser rei?
- Do que
está falando, Dalton? Você pensa numa insurreição contra a coroa?
Dalton estava impressionado com a homilia
proferida pelo bispo Gordon na abadia de Westminster,
que concluiu com o apelo para que cada cultuante se torna-se um rei no reino de
Deus. Gordon lera o verso 6 do primeiro capítulo de Apocalipse e também o verso
10 do capítulo 5 na grande Bíblia na versão King James que ficava sobre o
púlpito. Nela se lê que Jesus nos fez “reis’’ para Deus.
Harold entendeu que o amigo, pela data que
era, estava falando dos magos que vieram do Oriente ver Jesus recém-nascido: -
Eu nem tenho sangue azul... Sou um plebeu!
- O rei de
quem falo não precisa ter sangue azul...
- Só porque
um deles era negro? Alem do mais o número está completo: são três.
Percebendo que um misto de ironia e
desconhecimento marcava a fala de Harold, Dalton não permitiu que a conversa se
degenerasse para o sarcasmo, observando que a história dos magos que o povo
repete tem muito pouco da que Mateus relatou em seu Evangelho. Ele não diz que
eram três; não diz que eram reis, nem que se chamavam Baltazar, Belchior e
Gaspar, muito menos que um deles era negro. Mateus só diz que eram magos.
Geralmente os magos prestavam serviço à coorte, mas não como reis; não dá o
número de pessoas, mas fala de três especiarias que elas trouxeram: Ouro,
incenso e mirra.
Refletindo-se nessas coisas surge uma
pergunta: há algum mal nas comemorações ligadas ao nascimento de Jesus? Em si
mesmas não. O problema está em desviar a
atenção da realidade e em consequência a pessoa é induzida a ocupar a mente com
o que não é verdade. São fantasias que se plicadas á ficção nenhum mal trariam
se não envolvessem coisas sagradas. Quando surge a verdade, a mente interpreta
como fantasia também: é a mesma coisa. Tudo que se falar em nome de Deus nenhuma
eficácia tem se não for respaldado pelo poder da verdade. Uma criança que
venera super-homem, com a idade acaba entendendo que não passa de ficção e
facilmente pensará que Jesus é um personagem assim. Como a maioria das pessoas
não toma tempo para pesquisar, mesmo que não neguem a Jesus O considera como
considera um herói de revista em quadrinho.
Assim a toda hora se ouve com blasfêmia ou ironia o nome de Jesus ser
banalizado: ‘’o sangue de Jesus tem poder’’, ‘’Jesus é 10’’,’’ cem por cento
Jesus’’. E por ai vai. Quanta leviandade com o nome sagrado!
Jesus Se propõe a nos tornar reis com Ele.
Não importa o número; não importa a cor; não importa o nome. O que importa é
buscar a Jesus como fizeram os magos do Oriente.
‘’Fizeste deles um Reino, sacerdotes para
nosso Deus, Reis sacerdotes para governar a terra’’ Apocalipse 5:10 A MENSAGEM.
CONVITE: seja um dos santos reis.
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