domingo, 6 de janeiro de 2013


SANTOS REIS
  O sol era excepcionalmente brilhante na manhã daquela segunda-feira, logo depois do dia de santos reis. Igualmente brilhantes eram os olhos azuis de Dalton, garoto escocês que viera estudar em Londres. Eles veiculavam uma mensagem, um convite, e o primeiro que encontrou foi seu amigo Harold, da mesma sala de aula.
- Você não gostaria de ser rei?
- Do que está falando, Dalton? Você pensa numa insurreição contra a coroa?
  Dalton estava impressionado com a homilia proferida pelo bispo Gordon na abadia de  Westminster, que concluiu com o apelo para que cada cultuante se torna-se um rei no reino de Deus. Gordon lera o verso 6 do primeiro capítulo de Apocalipse e também o verso 10 do capítulo 5 na grande Bíblia na versão King James que ficava sobre o púlpito. Nela se lê que Jesus nos fez “reis’’ para Deus.
  Harold entendeu que o amigo, pela data que era, estava falando dos magos que vieram do Oriente ver Jesus recém-nascido: - Eu nem tenho sangue azul... Sou um plebeu!
- O rei de quem falo não precisa ter sangue azul...
- Só porque um deles era negro? Alem do mais o número está completo: são três.
  Percebendo que um misto de ironia e desconhecimento marcava a fala de Harold, Dalton não permitiu que a conversa se degenerasse para o sarcasmo, observando que a história dos magos que o povo repete tem muito pouco da que Mateus relatou em seu Evangelho. Ele não diz que eram três; não diz que eram reis, nem que se chamavam Baltazar, Belchior e Gaspar, muito menos que um deles era negro. Mateus só diz que eram magos. Geralmente os magos prestavam serviço à coorte, mas não como reis; não dá o número de pessoas, mas fala de três especiarias que elas trouxeram: Ouro, incenso e mirra.
  Refletindo-se nessas coisas surge uma pergunta: há algum mal nas comemorações ligadas ao nascimento de Jesus? Em si mesmas não.  O problema está em desviar a atenção da realidade e em consequência a pessoa é induzida a ocupar a mente com o que não é verdade. São fantasias que se plicadas á ficção nenhum mal trariam se não envolvessem coisas sagradas. Quando surge a verdade, a mente interpreta como fantasia também: é a mesma coisa. Tudo que se falar em nome de Deus nenhuma eficácia tem se não for respaldado pelo poder da verdade. Uma criança que venera super-homem, com a idade acaba entendendo que não passa de ficção e facilmente pensará que Jesus é um personagem assim. Como a maioria das pessoas não toma tempo para pesquisar, mesmo que não neguem a Jesus O considera como considera um herói de revista em quadrinho.  Assim a toda hora se ouve com blasfêmia ou ironia o nome de Jesus ser banalizado: ‘’o sangue de Jesus tem poder’’, ‘’Jesus é 10’’,’’ cem por cento Jesus’’. E por ai vai. Quanta leviandade com o nome sagrado!
  Jesus Se propõe a nos tornar reis com Ele. Não importa o número; não importa a cor; não importa o nome. O que importa é buscar a Jesus como fizeram os magos do Oriente.
 ‘’Fizeste deles um Reino, sacerdotes para nosso Deus, Reis sacerdotes para governar a terra’’ Apocalipse 5:10  A MENSAGEM.
  CONVITE: seja um dos santos reis.

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