sábado, 7 de janeiro de 2012

DEUS

Num mundo que se divide nos que crêem e nos que não crêem em Deus, só os primeiros têm, a partir da Bíblia uma identidade de Deus. Para essas pessoas toda a qualidade que se atribui a Deus deriva de 3 prerrogativas: onisciência, onipotência e onipresença.
Apesar dos outros não se espelharem na Bíblia, eles também buscam em alguém ou em algo, essas virtudes, porque aquilo que faz Deus com elas é desejável e, mesmo imprescindível.
Num balanço de grandes intelectuais, em nome de três se reivindicam as grandes consecuções do universo e a elegermos um deles estamos lhe creditando competência de quem tudo sabe, tudo pode e a tudo preenche.
A observação, mesmo casual, do universo, há de nos remeter a um criador ou ao acaso como responsável por tudo que se vê aí.
Se determinarmos o acaso como o arquiteto do universo, podemos lhe prover de ferramentas como fenômenos climáticos, principalmente o tempo, se bem que as alterações do clima passaram a existir depois de já haver o universo. Mas é mais fácil contar com eles. (é verdade que se pensarmos no caldo de proteínas primitivo esbarramos na pré-existência de seus componentes)
O de que necessita mesmo o acaso é tempo. Como seriam formadas as cataratas do Iguaçu se não houvesse tempo suficiente para que todos os fenômenos que ali se aglomeraram, ao acaso se combinassem? Na verdade se tivessem sido feitas a propósito as cataratas, algumas inconveniências teriam sido evitadas. É verdade que, muitas vezes achamos essas coisas até interessantes porque é a marca da natureza. Mas talvez se tivéssemos encomendado aquelas obras teríamos queixas do mestre de obras.
Se atribuirmos a Natureza a um Deus criador como apresentado na Bíblia, honestamente teríamos de admitir serias e, muitas vezes, inexplicadas dificuldades, como a complexidade do mal.
O imutável fato, porém é que ai está o mundo.
Sem pretender nos colocar como árbitros de uma questão que já encontramos aqui ao nascer, antes de nos propor a interpretá-la ela já nos devora.
Mais do que dizer de forma dogmática que existe um Deus, é preferível examinar a questão até aonde nos possa levar nossa intelectualidade servida pela ciência, e pela tecnologia como ferramentas.
Se quando trabalhamos com a perspectiva de um criador encontramos dificuldade, na perspectiva do acaso também as encontramos, de fato maiores, porque a ciência que poderia assessorar o acaso deixa mais questões em branco do que as inerentes a uma inteligência criadora.
Então, fica palavra contra palavra? Quem nos dera ter a capacidade de omitir.
Dado a tantas questões insolúveis encontradas na Natureza admitindo o acaso, seria subestimar a intelectualidade do homu sapiens. Ou seja dizer: o acaso é mais capaz do que nós.
Não sabemos explicar todos os detalhes da concepção humana, por exemplo; não sabemos mesmo explicar o fenômeno eletroquímico do dipolo ou o fenômeno neuroquímico do estimulo gástrico e do estímulo biliar enquanto o acaso sabe.
Se mudarmos para a perspectiva de um Deus as questões continuam. Qual a diferença? Permita-me evocar a teoria do Big-Bang sustentada por Stephen Howking, só para lembrar que, para ele, já no inicio reconhece “leis físicas desconhecidas”. Sir Howking não podia ter cometido esta leviandade cientifica. Ciência não é assim seria como Darwin que se propôs a explicar a vida sem conhecer Biologia molecular, coisa que só surgiu décadas depois dele. Admira-me intelectuais que confiam sua origem a quem não conheceu genética, não obstante contemporâneo de Mendel, que pela tecnologia e metodologia cientifica, também não a conheceu. Por isso Michael Behe escreveu o livro A Caixa Preta de Darwin e explica que caixa preta é um equipamento presente no avião, mas só quem a abre sabe o que tem registrado dentro. Darwin não conheceu a célula por dentro.
As grandes questões do universo constituem o monumental divisor de águas: enquanto para uns significa impedimento para crer em Deus, para outros , são exatamente o argumento favorável, já que sou superior ao universo e nem assim sou capaz de explicar a Natureza e ela está aí, alguém maior a criar.
Alias, o próprio fato de haver coisas no universo que zombam da inteligência humana, testifica de uma sabedoria maior que a do homem, que por sua vez é maior que a do acaso, seus caprichos e condições sempre limitadas na origem dos fatos. Mas não existe acaso? Não só existe acaso, como também um determinador do acaso, que se possa servir do acaso, como não pode o homem, para cumprir propósitos.

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