sábado, 7 de janeiro de 2012

EXISTO

Eu existo, logo penso. Não preciso pensar para existir, existo, mesmo que não pense. Aliás, os outros fazem isto.
E o que é que eu penso? Penso e estou convencido disto: existo para um propósito. Fui ideado por uma inteligência superior que me trouxe à existência e me fez parceiro num projeto tão grande que é o próprio mundo com sua complexidade inescrutada.
Em relação aos animais inferiores e aos reinos vegetal e mineral recebi a incumbência de exercer domínio e providência. (Se em relação à humanidade fosse assim, geraria uma insolúvel competição, uma rivalidade que, aliás, existe, porém de outra fonte que não é o projeto original).
É outra a acepção, qual seja, responsabilidade e providência serviçal, que seria ideal, se mutua entre os homens.
Mas como disse a cima, percebe-se uma rivalidade estúpida entre os humanos, que consegue, ao contrário de vencedores, nos condenar a todos, ao estado de perdedores.
Quem tiver a ventura da sensibilidade para este raciocínio, haverá de ser magnânimo ao ponto de relevar comportamento vicioso de outros e, a despeito da arrogância deles, vê-los como semelhantes.
Quanto aos outros seres da criação, é minha responsabilidade protege-los, até por uma questão de equilíbrio ecológico, visando à preservação da vida, que não é prerrogativa solitária de uma espécie.
Esta minha condição, a condição de homem, me impõe a maior responsabilidade, mas também me infunde a grandeza de um vice-rei ou preposto do Criador.

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