terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DEUS

DEUS



Deus não é alguém a quem se descubra no sentido em que Cabral descobriu o Brasil ou Newton descobriu a gravidade. Se isso viesse a acontecer seria a própria antítese da fé que professamos a partir do momento que ela quebra a hierarquia isto é conquistaríamos aquilo que a humanidade vem buscando há milênios. Então Ele teria sido vencido e o homem, sim seria o todo-poderoso e o onisciente.

Deve haver uma razão pela qual Deus não se deixe achar do ponto de vista físico material. Pode ser que ela seja tão complexa que sequer tenhamos como cogita-la. Não obstante, no panorama bíblico existe Deus e existe também um Seu oponente, cuja se caracteriza pelo engano, cuja militância se mostra às vezes pela simulação, outras pela dissimulação. No histórico bíblico muitas vezes ele se faz passar por Deus para pessoas que buscam um deus palpável como Dagon, Moloque Baal, Asera ou como os deuses concebidos e estabelecidos no Panteon pela mitologia grega.

Em termos de doutrinação bíblica sempre houve quem pretendesse praticá-la pela contrafação, com falsas revelações e milagres de mentira, como diz Paulo. É significativo que esses caudilhos espirituais logrem sucesso superior à doutrina genuína, o que se entende, considerando que lidam necessariamente com a emoção em principio e com a desdita, onde se aplica a afirmação de Max de que o cristianismo é o ópio do povo.

Se é, não só possível estes embustes, apresentando “soluções” para a dor, para o desemprego, para a pobreza, mas com o fenômeno sociológico tornarem-se consistentes e irremediavelmente incoibiveis, que diria se pudessem alegar a detecção de Deus? Certamente abusos como comercialização de água do Jordão, lascas de madeira supostamente da cruz do Cristo, etc. estariam definitivamente institucionalizadas.

Estaria o homem preparado para “achar” a Deus?

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