ALIENÍGENA
Sou um alienígena no mundo eclesiástico. Só como alienígena posso
legitimar minha presunção de me comunicar com uma “estrangeira” de motivos tão
peculiares e pertinentes. Sim, não sou pastor, não sou padre. Sou um
intransigente cultor da Bíblia, que já me provou conter a palavra de Deus.
Muito me interessa o assunto pentecostal porque ele recorda a grande
messe do Espírito.
Não quero contradizer sua linguagem, apenas emitir um conceito ao usar a
expressão pseudopentecostal, porque o próprio pressuposto do chamado
neopentecostalismo é uma antítese do que ocorreu no dia de Pentecostes
imediatamente seguinte à crucificação.
O “Pentecostes” de hoje busca fundamento em línguas e milagres. Vejamos
o que ocorreu naquele então e o que a Bíblia diz de milagres.
No capítulo 2 do livro dos Atos dos Apóstolos, no verso 5, lemos que
“habitavam em Jerusalém judeus, homens piedosos de todas as nações que há
debaixo do céu.” E nos versos 9 e 10 cita mais de dez nacionalidades.
Jesus havia incumbido os apóstolos de fazer “discípulos de todas as
nações” (Mateus 28:19.
Eis o impasse! A impossibilidade absoluta: de que forma, homens “iletrados
e indoutos” (Atos 4:13) iriam ensinar a tão grande variedade de
estrangeiros? Então Deus transformou o
difícil em fácil, o impossível em possível. Não há relato de que os discípulos
sentissem que estavam falando outro idioma senão o seu, o Aramaico, os outros é
que os ouviam falarem “na própria língua em que nascemos” (Atos 2:8). No atual
movimento de glossolalia, ou como seria mais correto xenoglossia (barafunda, no
melhor do vernáculo ou zorra, na gíria) .... ocorre o contrário: estão reunidos
pessoas do mesmo idioma, de repente alguém começa a falar palavras estranhas a
qualquer idioma do mundo. O que é possível se torna impossível. O contrário do
que Deus faz. Naquele dia “todos ouvimos falar na nossa própria língua”. É,
pois, biblicamente falso. Não houve necessidade de interprete!
Quando falo isto me dizem que estão falando a língua dos anjos. Qual é a
língua que os anjos falam? Sempre a língua das pessoas a quem se dirigiam. Foi assim com Abraão, com Jacó, com a mãe de
Sanção, e com todos com quem falaram até João, no Apocalipse. Paulo trata do
falar em línguas com interpretes, mas a situação é outra, que podemos estudar
noutra ocasião.
MILAGRES
Jesus, várias vezes recomendava a Seus beneficiários não divulgar o
milagre (Mateus 8:14; 9:30; 12:16). Os taumaturgos ou milagreiros de hoje
insistem em divulgar seus embustes na imprensa ou em faixas como “Aqui um
milagre espera por você” ou “Grande cruzada de fé e milagres” etc.
Não há qualquer registro de venda de milagres em toda a Bíblia. Pelo
contrário, quando Simão tentou subornar Pedro, foi severamente repreendido por
este. (Atos 8:18 e 23).
A verdadeira fé dispensa o milagre. Pode-se dizer isto com base na
experiência dos três jovens hebreus no campo de Dura registrada em Daniel 3. (ver
os versos 17 e 18).
De fato, mesmo milagres genuínos podem ocorrer sem intervenção de fé da
parte de quem os recebe. É o caso do servo do centurião, do homem nas galerias
do tanque, da viúva de Naim, (seu filho não podia exercer fé. Estava morto, mas
ela sim) e vários outros.
Milagres podem ter origem em Deus, no sugestionamento e no diabo.
Em Mateus 7:21 e 23, no flagrante de sua volta, Jesus repele milagreiros
e pregadores que usaram Seu nome nas arruaças sobrenaturais e frenesi que
promovem. Usaram sim o nome Jesus, mas isso é apenas uma emoção que batizaram
com este nome. É sintomático que o
Senhor os ignora dizendo que praticam a iniquidade. Esta palavra no original, antinominia, significa avesso, inimigo
ou contrário à lei. Quase que sistematicamente esses milagreiros não observam a
lei de Deus, nem se incomodam com o procedimento das pessoas, muitas vezes
causa de seus problemas, como Jesus fazia ao dizer: “Vai e não peques mais”.
É digno de notar-se que os rabinos consideravam o Pentecostes, ou festa
das semanas, como aniversário de quando a lei fora dada no Sinai.
Definindo o movimento: contrafação.
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