domingo, 12 de agosto de 2012


ALIENÍGENA
  Sou um alienígena no mundo eclesiástico. Só como alienígena posso legitimar minha presunção de me comunicar com uma “estrangeira” de motivos tão peculiares e pertinentes. Sim, não sou pastor, não sou padre. Sou um intransigente cultor da Bíblia, que já me provou conter a palavra de Deus.
  Muito me interessa o assunto pentecostal porque ele recorda a grande messe do Espírito.
  Não quero contradizer sua linguagem, apenas emitir um conceito ao usar a expressão pseudopentecostal, porque o próprio pressuposto do chamado neopentecostalismo é uma antítese do que ocorreu no dia de Pentecostes imediatamente seguinte à crucificação.
  O “Pentecostes” de hoje busca fundamento em línguas e milagres. Vejamos o que ocorreu naquele então e o que a Bíblia diz de milagres.
  No capítulo 2 do livro dos Atos dos Apóstolos, no verso 5, lemos que “habitavam em Jerusalém judeus, homens piedosos de todas as nações que há debaixo do céu.” E nos versos 9 e 10 cita mais de dez nacionalidades.
  Jesus havia incumbido os apóstolos de fazer “discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19.
  Eis o impasse! A impossibilidade absoluta: de que forma, homens “iletrados e indoutos” (Atos 4:13) iriam ensinar a tão grande variedade de estrangeiros?  Então Deus transformou o difícil em fácil, o impossível em possível. Não há relato de que os discípulos sentissem que estavam falando outro idioma senão o seu, o Aramaico, os outros é que os ouviam falarem “na própria língua em que nascemos” (Atos 2:8). No atual movimento de glossolalia, ou como seria mais correto xenoglossia (barafunda, no melhor do vernáculo ou zorra, na gíria)  .... ocorre o contrário: estão reunidos pessoas do mesmo idioma, de repente alguém começa a falar palavras estranhas a qualquer idioma do mundo. O que é possível se torna impossível. O contrário do que Deus faz. Naquele dia “todos ouvimos falar na nossa própria língua”. É, pois, biblicamente falso. Não houve necessidade de interprete!
  Quando falo isto me dizem que estão falando a língua dos anjos. Qual é a língua que os anjos falam? Sempre a língua das pessoas a quem se dirigiam.  Foi assim com Abraão, com Jacó, com a mãe de Sanção, e com todos com quem falaram até João, no Apocalipse. Paulo trata do falar em línguas com interpretes, mas a situação é outra, que podemos estudar noutra ocasião.
  MILAGRES
  Jesus, várias vezes recomendava a Seus beneficiários não divulgar o milagre (Mateus 8:14; 9:30; 12:16). Os taumaturgos ou milagreiros de hoje insistem em divulgar seus embustes na imprensa ou em faixas como “Aqui um milagre espera por você” ou “Grande cruzada de fé e milagres” etc.
  Não há qualquer registro de venda de milagres em toda a Bíblia. Pelo contrário, quando Simão tentou subornar Pedro, foi severamente repreendido por este. (Atos  8:18 e 23).  
  A verdadeira fé dispensa o milagre. Pode-se dizer isto com base na experiência dos três jovens hebreus no campo de Dura registrada em Daniel 3. (ver os versos 17 e 18). 
  De fato, mesmo milagres genuínos podem ocorrer sem intervenção de fé da parte de quem os recebe. É o caso do servo do centurião, do homem nas galerias do tanque, da viúva de Naim, (seu filho não podia exercer fé. Estava morto, mas ela sim) e vários outros.
  Milagres podem ter origem em Deus, no sugestionamento e no diabo.
   Em Mateus 7:21 e 23, no flagrante de sua volta, Jesus repele milagreiros e pregadores que usaram Seu nome nas arruaças sobrenaturais e frenesi que promovem. Usaram sim o nome Jesus, mas isso é apenas uma emoção que batizaram com este nome.  É sintomático que o Senhor os ignora dizendo que praticam a iniquidade. Esta palavra no original, antinominia, significa avesso, inimigo ou contrário à lei. Quase que sistematicamente esses milagreiros não observam a lei de Deus, nem se incomodam com o procedimento das pessoas, muitas vezes causa de seus problemas, como Jesus fazia ao dizer: “Vai e não peques mais”.
  É digno de notar-se que os rabinos consideravam o Pentecostes, ou festa das semanas, como aniversário de quando a lei fora dada no Sinai.
   Definindo o movimento: contrafação.

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