segunda-feira, 11 de junho de 2012

A MAIOR NECESSIDADE DO HOMEM

  O summum bonum justifica toda a lide da vida humana. Nesse afã houve quem recorresse à imaginária pedra filosofal e ao, também imaginário, elixir da longa vida.
  Há quem estabeleça a vida como maior necessidade do homem, posto que a primordial. Não obstante, tudo de que o homem venha a necessitar decorre do fato de estar ele vivo. Com efeito, sem vida não há necessidades. Deus não nos deu a vida. Ele nos fez seres viventes. Não houve um momento em que Deus Se dirigisse a nós, com algo que chamasse de vida e no-lo entregou. Somos vida.  Vida derivada; vida outorgada, sim, mas vida.
  Não seria Deus a maior necessidade da vida? Não. Deus é a causa da vida. Todas as nossas necessidades têm origem no fato de estarmos vivos; no fato de termos sido, por Ele, trazidos à vida.
  A felicidade no viver (o summum bonum) começa em suprir as necessidades básicas: alimentação, saúde e outras, sazonais como aquecimento em regiões onde a vida sem esse recurso é quase ou totalmente inviável; ou culturais, como o vestuário; ou circunstanciais com a instrução escolar e o lazer.
  Se nos muníssemos de todos esses suprimentos, não teríamos por isso, satisfeito nossa maior necessidade.
  A maior necessidade do homem é o homem. Fomos feitos teia humana; mutuamente dependentes. Em outras palavras: equipados com necessidades e condições passiveis de resolvermos entre nós mesmos. Esta sim é nossa necessidade mais primitiva.
  No próprio nascedouro já somos dependentes de cuidados de outros, diferentes da maioria dos outros animais. O bezerro, por exemplo, ao nascer, encontra a teta. A criança tem de ser conduzida a ela.
  É verdade que toda desgraça que se observa na Terra se deu pela ação inconseqüente do homem. No entanto, o próprio céu (vida eterna), só será céu pela presença do homem.   
A felicidade ou infelicidade está na dependência de nossas relações; do como administramos nossa mutua dependência. John Donne já percebeu isto há quase 5 séculos quando pronunciou que “nenhum homem é uma ilha”.
  Tudo temos de fazer na preservação desse elemento essencial, tratá-lo com delicadeza e brandura. Não sabemos com quais deles viveremos a eternidade. Deus quer que sejam todos.
  Nossa missão precípua tem que ser a regeneração do homem. Não é este o desafio do evangelho?
  Este conceito é autenticado pela palavra da profetisa: “A maior necessidade do mundo é a de homens”.     

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